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SAMUEL ROSA

 

NOME: Samuel Rosa de Alvarenga

DATA DE NASCIMENTO: 15 de Julho de 1966

LOCAL DE NASCIMENTO: Belo Horizonte - MG

TIME: Cruzeiro

INSTRUMENTOS: Vocal, Guitarra e Violão

 

 

 

 

 

 

 

IDENTIFICAÇÃO

 

Nome Local e Data de Nascimento

Meu nome é Samuel Rosa de Alvarenga, nasci em 15 de julho de 1966, em Belo Horizonte.

Meu pai é Wolber de Alvarenga e minha mãe é Susana Rosa de Alvarenga.Meu pai é psicólogo e minha mãe é dona de casa. Tenho uma irmã.

 

FAMÍLIA

Cotidiano

 

Eu nasci no São Lucas, passei uma boa parte no São Lucas e Funcionários, que era o bairro onde minha avó morava quando ela veio de Itabira, a minha avó materna. E a maior parte da minha vida, até os 15, 16 anos eu fui muito ligado a essa região de Belo Horizonte, apesar de ter morado na Serra.

 

FORMAÇÃO MUSICAL

Iniciação musical

 

Meu pai é um músico. Eu o considero praticamente um músico, um cara voltado o tempo inteiro para música, curioso, um apreciador de música mesmo, comprador de disco, além de ser um letrista, um cara que escreveu a vida inteira. Até porque a profissão de psicólogo leva muito para isso, leitura, para o hábito de se expressar com a escrita também. Então a vida inteira ele escreveu. Eu cheguei a fazer música com ele, ele fazer letra e eu música. Agora em termos de palco, assim, o que me seduziu mesmo a ponto de querer montar uma banda, além dos Beatles, foi a história de ter um tio que é músico, virou médico, mas esse já era músico antes da profissão de medicina que é o Spencer, que é o meu tio por parte de mãe, e eu até falei essa relação com o bairro dos Funcionários que é onde a minha avó morava e eu freqüentava muito a casa dos meus tios e ali foi a minha iniciação musical, com esse pessoal, na casa da minha avó. E esses tios também tabelavam com o meu pai, então eles ousavam, às vezes, escrever músicas em festivais. Chegaram a ganhar Festival em Ipatinga e tal. Então eu acredito que tenha sido criado num meio musical, apesar de não ter uma pessoa, um músico profissional, mas isso é o de menos, o que valia era a musicalidade da família, essa vocação que a família tinha para ouvir música boa e ousar até produzir, compor. Chegaram até a gravar discos e tal, claro, mais ou menos de forma amadora, mas eu tenho convicção que foi por aí a minha aproximação, por onde eu cheguei. A minha porta de entrada na música foi por aí, na família mesmo.

 

Influências

 

Na minha primeira infância, como o Lô Borges gosta de falar, eu ouvia muito o disco dos Três Porquinhos, aí eu pulei para o Clube da Esquina (RISOS). Tinha o hábito de consumir música saudável, despertei muito cedo para isso, com oito, nove anos, eu já lembro das primeiras vezes que falei com o meu pai: “Eu juntei aqui um dinheirinho da mesada e gostaria que você me levasse para uma loja de disco porque eu quero comprar um determinado disco e tal!”.Bom, o meu encanto inicial foi com a música dos Beatles, os discos que tinham na minha casa, o Help, por exemplo, é muito marcante na minha infância, tanto a capa quanto ao que tinha lá dentro, a edição brasileira do Help que nem existe mais, uma diferente da inglesa. Depois o Abbey Road também, é um disco que é um ícone da minha infância. Quando eu lembro das coisas da minha infância me vêm esses álbuns na minha cabeça e o Clube da Esquina também, aquela capa, a minha curiosidade em saber quem eram aqueles dois meninos que estavam na capa. Eu insistia em acreditar que aqueles eram realmente o Milton e o Lô na infância, os caras que cantam agora, quando eles eram meninos. Meu pai falou: “Não, não tenho muita certeza se são eles não!”, e eu falei: “Não pai, são os dois e tal!”. Mas é isso, esses foram os primeiros passos dentro da música, essas referências são as mais marcantes.

Um pouco mais de Samuel

Profissionalização

 

Comecei a me profissionalizar aos 15 anos, eu montei a minha primeira banda precoce. Porque tinha seis meses que eu sabia que era um Dó maior, eu tinha aprendido o que era um Dó maior, um Ré, primeira coisa que aprendi no violão. Aprendi as primeiras músicas e aí o intuito desde o primeiro momento que eu peguei o violão, logo passei para uma guitarra e quis ter uma banda para tocar no colégio e tal. Então, houve participação em festivais e eu conheci os irmãos Mourão, o Dinho e o Alexandre, como eu, são músicos até hoje e tal e a partir deste momento a gente começou a ter uma regularidade incomum para aquela época e para aquela faixa etária. Eu não me lembro de muita gente em Belo Horizonte da minha idade que tivesse uma banda já formada a ponto de tocar em festinhas de aniversário, em festivais com tão pouca idade. A gente tinha 15, 16 anos. Então aquilo virou uma referência, foi muito bom para a minha auto-estima, para a de todos ali. Adolescente, eu me apaixonei pelo negócio de música, de tocar. Eu lembro que eu andava de ônibus em Belo Horizonte, para qualquer lugar que eu fosse eu sempre imaginava a minha banda tocando naqueles lugares e sempre na oportunidade de poder tocar num lugar e no outro e a partir daí veio a idéia. Quando inauguram em Belo Horizonte o Parque das Mangabeiras, com aquele teatro de arena e eu passeando por lá, talvez com o Dinho que era o meu companheiro de banda, falei: “Poxa, a gente podia tentar tocar aqui, ó! Acho que não precisa de muito equipamento.”. Aí conseguimos chegar até a diretoria do parque recém inaugurado e conseguimos tocar lá várias vezes e aquilo foi o máximo. Foi a primeira vez que a gente saiu daquele universo de escola, de amigos e tal para tocar para um público mesmo. Claro, ali totalmente de forma amadora, sem receber cachê, sem nada, um guaraná e um “PFzinho” no almoço lá e a gente feliz da vida. Só de ter alguém para pagar uma Kombi para carregar os equipamentos, aquilo era uma vitória. Então, a partir daí, a banda foi amadurecendo e a gente começou a ousar em tocar em bares nas noites, com 17, 18 anos a gente já tocava, já comecei a tocar profissionalmente, mas o grande lance ainda era fazer música, compor, gravar e tal. Nunca as ambições se restringiam só ao fato de estar tocando e ganhando um dinheirinho, ia além disso, a gente queria ter uma banda autoral, compor música, fazer música e… Nessa época eu já compunha, desde o primeiro momento a gente já começou compondo. Era uma música dos Beatles, uma dos Stones, uma nossa, já mandava. Aí um pouquinho mais para frente a gente começou a flertar com o pessoal do Clube da Esquina, até porque eram ídolos da nossa juventude, ídolos pop. O Lô, o Beto, os caras, junto com o 14Bis, a Cor do Som, eram as bandas, praticamente os artistas de rock da época. Então natural que a gente, mais cedo ou mais tarde, fosse cair neles, uma harmonia um pouquinho mais complexa. Exigiam um pouco mais de experiência. Quando a gente começou a aprender um pouquinho mais, a gente começou a tocar músicas desses caras e aí a coisa deslanchou, deslanchou, viramos full time, negócio assim de ensaiar quase todos os dias, tocar e tal e sempre tentando algo profissional mesmo. Aí começamos umas arriscadas dentro de estúdio, gravando as primeiras composições e tal. As coisas sempre andavam de forma paralela, nunca restrito só à banda cover, isso que eu acho que era legal, a gente sempre insistia em compor.

Influências

 

Acho que existia um negócio bacana. O fato de eu gostar de bandas de rock mais pesadas ali, pelos 14, 15 anos, Black Sabbath, Led Zeppelin, não era um empecilho para que eu gostasse de outro tipo de som. Não era uma coisa um contra o outro, coisas antagônicas, caminhavam juntas, não é? E somado a isso, como eu falei, pra mim, esses caras, eram artistas de rock, pop-rock. Então era tudo num mesmo pacote ali, acho que os dois estavam falando para uma juventude, tanto a música desses caras como o Led Zeppelin, o Black Sabbath, que naquela altura já eram bandas bem mais velhas e tal, os Stones, os Beatles. Então para mim era um pacote, não existia um negócio segmentado para dizer: “Eu gosto disso, portanto não devo gostar daquilo, e tal”. Claro que ao longo da minha vida e por ocasião dessa época, eu me aproximava mais desse tipo de música e outros menos. O que eu acho que contribuiu muito para a formação que eu tenho, mais plural, hoje mais eclética, foi o privilégio de ter tido a chance de escutar tanta coisa diferente durante a minha formação musical.

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